De olho no vício
Álcool e cigarro são drogas lícitas que causam muitos dissabores em todas as esferas da vida, seja na saúde, na família ou no trabalho. Para o alcoólatra, o álcool serve como uma tentativa de preencher a busca por um mundo ideal, sem problemas ou conflitos. Para o fumante, o cigarro é um paliativo para estimular a comunicação e a liberdade, porém, de forma irreal. O problema é que ambos são nocivos à saúde física e mental.
A grande notícia é que a técnica de laserterapia, que já é amplamente utilizada para o controle do tabagismo, com 80% de sucesso, vem com novos protocolos para o tratamento de dependentes de álcool e outras drogas. A técnica canadense estimula, através do laser, o equilíbrio, a saciedade e a autocura da dependência. “Utilizamos os pontos de acupuntura milenar chinesa, com protocolos específicos, que ajudam as pessoas efetivamente a se libertarem dos vícios, até do estresse e da depressão”, explica Maria José Rodrigues, da Action Laser, terapeuta credenciada no Brasil para aplicar a técnica.
“Antes de iniciar o tratamento com a laserterapia, me excedia no álcool e era usuário de maconha, o que me causava muitos transtornos de ordem emocional e familiar. Há seis anos estou ‘limpo’, sinto-me livre da culpa e do peso de causar sofrimento à minha família”, afirma o professor Rogério Figueiredo, de 47 anos. Segundo ele, o consumo de álcool acabava estimulando o uso da droga, o que gerava um círculo vicioso. “Levei o tratamento a sério, sem abrir concessões, e hoje sou outra pessoa, durmo melhor, voltei a ter disposição para praticar esporte, tenho uma vida mais saudável e feliz”, comemora.
Entendendo a laserterapia
A laserterapia atua no físico através de pontos de acupuntura auricular e sistêmica, auxiliando o corpo a se curar e a permanecer sem a necessidade do álcool, nicotina ou outras substâncias, além de equilibrar os sintomas de abstinência. São trabalhados pontos psicossomáticos (ansiedade, depressão, insônia, irritabilidade, etc.) e pontos metabolizadores (fígado, rim, estômago, pâncreas, etc.). “Estimulamos também pontos de compulsão, onde é bloqueada a necessidade do álcool, droga ou cigarro”, explica Maria José.
Esses conjuntos de pontos estimulam o organismo a produzir uma grande quantidade de endorfina, dopamina e serotonina – substâncias que proporcionam relaxamento e bem-estar, auxiliando a manter a abstinência. A profissional da Action Laser recomenda que, para o sucesso do tratamento, haja uma maior ingestão de líquido e prática de atividade física. Durante a aplicação, são utilizados recursos de indução, reprogramação e neurolinguística para fortalecer o aspecto emocional, acentuando ainda mais o relaxamento e o bem-estar.
Adeus, cigarro
Fumante há 27 anos, o estagiário em Direito Edmilson Alves Moreira, de 41 anos, fumava duas carteiras de cigarro por dia desde a adolescência. “Há cinco anos, conheci o método Action Laser, que uma tia e outros conhecidos tinham usado para largar o cigarro; fiz uma única aplicação do laser e nunca mais fumei”, lembra. Segundo Edmilson, antes disso o vício já estava afetando sua saúde e bem-estar, não dormia bem, sentia falta de ar, dor no peito, vivia ansioso. “Não sei o que aconteceu comigo, mas parei de fumar assim, de uma hora para outra, e hoje recuperei minha saúde e qualidade de vida”, completa.
“A acupuntura é um método efetivo de comunicação entre sistemas de informação do corpo, e o corpo responde de forma natural. Assim, num período de apoio de 90 dias, o tratamento harmoniza qualquer desconforto relacionado à retirada do cigarro, droga ou álcool (síndrome da abstinência)”, afirma a terapeuta.
O indivíduo submetido à laserterapia sente muitos benefícios neste período, como a melhora total da saúde do corpo e da mente, além de reduzir o risco de doenças potencialmente fatais, complicações respiratórias e problemas cardiovasculares. Para os fumantes, a laserterapia melhora a autoestima, a habilidade física, o sentido do olfato e do paladar, a concentração mental, a saúde da boca e dos dentes. E os familiares e amigos se abstêm do risco do fumo passivo.
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Alcoolismo: um alerta às mulheres
Um dado preocupante é o número cada vez maior de mulheres, inclusive jovens, bebendo em excesso. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo revelou que, nos últimos seis anos, o consumo de álcool no Brasil aumentou 36% entre as mulheres. Nos estados do Sudeste (SP, RJ, MG e ES), esse aumento chegou a 50%.
A pesquisa constatou que entre as mais jovens, o hábito de beber mais e com frequência passou a fazer parte da rotina social. “O problema é que o ’beber socialmente’ vai aumentando e, sem perceber, elas vão aumentando também sua resistência em relação ao álcool, tornando-se alcoólatras”, relata a terapeuta. “O álcool faz o mesmo processo que a maconha e outras drogas ilícitas, pois anestesia e provoca amnésia, aumentando ainda mais o grau de tensão e o isolamento da pessoa”.
O estudo da UNIFESP constatou também que a ingestão de álcool está associada à depressão, assim como a casos de suicídio. “É preciso ter consciência de que beber todos os dias acaba se tornando um hábito prejudicial, que pode se transformar em doença”, adverte. A tolerância alcoólica entre homens e mulheres é diferente, independente da altura e do peso. Quando a mulher bebe, o álcool é processado no fígado, onde existe uma enzima chamada ‘desidrogenase‘ que é responsável por metabolizar o álcool consumido pelo corpo e facilitar sua absorção. É ela que controla a ingestão de álcool, e as mulheres produzem menos desta enzima. Portanto, o álcool permanece mais tempo no corpo das mulheres do que dos homens. Em consequência disso, o organismo demora um pouco mais para processar o álcool ingerido. “Atendemos hoje um número cada vez maior de mulheres, mas a principal dificuldade ainda está em elas reconhecerem o problema”. http://revistacorpore.com.br/revista/de-olho-no-vicio/